Oi e-e
Gostaram do layout novo? Eu particularmente amei. Créditos totais ao
Redescobrindo Sonhos.
Enfim, vamos falar do post. Eu vou fazer um novo quadro chamado Femme Fatale, que nada mais é do que explicar sobre algumas das Femme Fatale's que eu mais admiro.
Mas o que é uma Femme Fatale? Femme Fatale, do francês, significa Mulher Fatal. Esse é um termo utilizado para indicar uma mulher que fez muita diferença em sua época. Mulheres que revolucionaram o mundo, seja com política, ciência, arte, paz, tolerância, força, fé, espionagem, espírito guerreiro ou um bom e velho "Cortem-lhe a cabeça!".
Para começar explicando muito bem o que é uma Femme Fatale, vou fazer o primeiro post do quadro falando de uma das minhas favoritas: Elizabeth I, da Inglaterra e Irlanda.
Elizabeth nasceu no dia 7 de setembro de 1533, em Greenwich, na Inglaterra. Chamada também de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess, ela foi rainha da Inglaterra e da Irlanda entre 1558 e 1603, quando veio a falecer. Filha de Ana Bolena, uma nobre francesa, e de Henrique VIII, rei da Inglaterra e da Irlanda, Elizabeth nasceu como princesa. Porém, seu pai se divorciou de sua mãe (criando assim a Igreja Anglicana) e a executou, o que fez com que a futura rainha virasse uma bastarda, ou seja, fosse afastada da corte e criada em um castelo longe de Londres.
O pai da Elizabeth (
que eu chamo de Catra-do-final-da-Idade-Média) teve outros filhos, dentre eles, Mary e Edward VI. Mary era filha dele com Catarina da Espanha, primeira esposa de Henrique, Ana Bolena foi a segunda esposa, e Joana Seymour, mãe de Edward, foi a terceira. Edward foi declarado com uma doença terminal, e como ele e Mary tinham diversas diferenças religiosas (ele foi criado pelo pai como Anglicano, e Mary, declarada bastarda, foi criada pela mãe, como Católica), Edward passou o poder para sua prima de segundo grau, Lady Jane Grey. Porém, o testamento de Edward foi rejeitado, Jane foi executada e Mary assumiu o poder. Então, Mary começou a fazer uma série de perseguições aos Anglicanos, pois ela os culpava por ela ter sido criada fora da corte.
Quando Mary assumiu o poder, ela fez uma série de mudanças positivas na história da Inglaterra. Porém, seu casamento com Felipe da Espanha fez com que ela ficasse em depressão, além de ter baixa popularidade pública e de houverem boatos de sua irmã afastada da corte, Elizabeth, estar conspirando contra ela. Mary era uma boa pessoa, com certeza bem menos cruel e perseguidora que Henrique, Edward ou a própria Elizabeth. Tal que, foi ela que libertou sua irmã da bastardia, pois sabia que os vários casamentos do pai e a isolação dela e de Elizabeth não foi culpa sua, tão pouco de sua irmã.
Durante o reinado de Mary, Elizabeth foi presa por ser acusada de apoiar os rebeldes protestantes. Ela foi prisioneira na Torre de Londres, onde Jane Grey fora assassinada. Depois de uns dois meses na torre, ela foi condenada à prisão domiciliar. Mesmo sendo inocente, e jurando profundamente sua inocência, ela continuou presa por cerca de mais um ano. No caminho da prisão para casa, várias multidões aclamaram Elizabeth. Cinco anos depois, Elizabeth assumiu o reinado, depois da morte de Mary.
Então, começou-se o reinado de Elizabeth. Duas de seus primeiros atos como rainha foram legalizar o protestantismo e deixar sua corte de conselheiros cheia de sábios. O período em que Elizabeth reinou é conhecido tanto como Período Elizabetano quanto Era Dourada. Era esperado que Elizabeth se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas, mas nunca souberam o porque. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época. Ela era uma monarca temperamental e decidida, o que fez com que ela fosse frequentemente mantida longe de desavenças políticas. Além disso, a rainha era prudente na hora de distribuir títulos: durante todo seu reinado, só nomeou um conde e sete barões. Ela também reduziu sua corte de 39 conselheiros para 14.
Elizabeth foi uma rainha muito culta: ela visitava as universidades britânicas de tempos em tempos. Ela introduziu no país uma grande liberdade, de forma que a maioria das pessoas começou a ler. Os livros impressos não eram mais algo somente da corte como também do povo. Durante seu reinado, professores, escritores, dramaturgos puderam levantar questões e alimentar pensamentos que, cem anos atrás, lhes teriam custado a vida na fogueira. Dentre muitas brigas, em especial uma com Mary Stuart da Escócia, Elizabeth era uma ótima estrategista de guerras. Ela venceu muitas batalhas, deu muitos "tapas na cara" da França e da Espanha.
Entretanto, no final de seu reinado tudo desandava: conflitos com a Espanha, os melhores conselheiros e políticos de Elizabeth tinham morrido, ela estava perdendo poder. Uma série de mortes de seus amigos a fez entrar em depressão. Seu herdeiro, escolhido por ela, foi Jaime I da Escócia. Ela faleceu no dia
Até os dias de hoje, Elizabeth é considerada a monarca mais amada, respeitada, forte e guerreira da história do Reino Unido, além de ser uma das mais populares do mundo.
Elizabeth foi uma rainha bem sucedida, ajudando firmemente a nação, mesmo herdando um enorme débito nacional de sua irmã Mary. Sob o seu comando, a Inglaterra evitou uma invasão espanhola. Ela também conseguiu impedir a deflagração de uma guerra religiosa ou civil no solo inglês. Suas realizações, entretanto, foram exageradamente louvadas após sua morte. Foi descrita alguns anos mais tarde como uma grande defensora do Protestantismo na Europa quando, na realidade, hesitava frequentemente antes de vir em auxílio de seus aliados protestantes. Ela foi a última monarca da Dinastia Tudor.
Ela foi sepultada na Abadia de Westminster, aos 69 anos, ao lado de sua irmã, Mary. Seu reinado durou 45 anos. No seu túmulo e no de Mary, está escrito "
Parceiras no Trono e Sepultura, aqui descansam duas irmãs, Mary e Elizabeth, na esperança de uma ressurreição conjunta".
Enfim, espero que tenham gostado da nossa primeira Femme Fatale. Eu me inspirei muito na rainha Elizabeth para fazer meus personagens, tal como admiro-a.